segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Elementos Básicos da Linguagem Visual

A linguagem visual constitui a base da criação do design. Há princípios, fundamentos ou conceitos, com relação à organização visual, que podem resolver situações problemáticas na realização de um projeto.   

O Ponto
O ponto é a unidade de comunicação visual mais simples de todas. Qualquer ponto tem grande poder de atração visual.
Quando vistos, os pontos se ligam, sendo, portanto, capazes de dirigir o olhar. Em grande número e justapostos, os pontos criam a ilusão de tom ou de cor.


A Linha






É um conjunto de pontos próximos, impossível de identificá-los individualmente. A linha aumenta a sensação de direção.
Também poderíamos definir a linha como um ponto em movimento, pois quando fazemos uma marca contínua, ou uma linha, nosso procedimento se resume a colocar um marcador de pontos, sobre uma superfície e movê-lo segundo uma determinada trajetória, de tal forma que as marcas assim formadas se convertam em registro.
A linha é o articulador da forma!


As Formas



A linha descreve uma forma.  Existem três formas básicas: o quadrado, o círculo e o triângulo eqüilátero.  Cada forma tem características especiais e cada uma se atribuí uma grande quantidade de significados, alguns por associação, outros por vinculação arbitrária e a através de nossas próprias percepções psicológicas e fisiológicas.
Triangulo eqüilátero: é uma figura de três lados cujos ângulos e lados são todos iguais. Transmite ação, conflito, proteção e tensão.
Quadrado: O quadrado é uma figura de quatro lados, com ângulos retos rigorosamente iguais nos cantos e lados que têm exatamente o mesmo comprimento.
Transmite honestidade, esmero, retidão, esmero e equilíbrio.
Círculo: O círculo é uma figura continuamente curva, cujo contorno é, em todos os pontos, eqüidistante de seu ponto central.
 Transmite infinitude, calidez e proteção.


Direção


Todas as formas básicas expressam três direções visuais básicas e significativas: o quadrado, a horizontal e a vertical; o triângulo, a diagonal; e o círculo, a curva.
Cada uma das direções visuais tem um forte significado associativo e é um valioso instrumento para a criação de mensagens visuais.

Tom



O tom é o atributo distinguível de uma cor. Este varia de intensidade quanto à saturação da cor.  O valor tonal representa para nós a intensidade de luminosidade, criando a ilusão do tridimensional. Juntamente com a perspectiva, o tom trás por meio da representação gráfica a sensação de volume.

Cor
Basicamente a cor depende de:
Estímulos: Causam sensações cromáticas e estão divididos em dois grupos: os das cores-luz, e os das cores-pigmento.
Percepção: Percebem-se neste fato, as sensações causadas pela cor.
A cor apresenta uma infinidade de variações geradas por meio de estímulos e sensações.

Para quem trabalham com as cores-luz, as cores primárias são: vermelho, verde e azul (RGB – red, Green e blue). A mistura dessas três cores em quantidades iguais, produz o branco.
Para quem trabalha com as cores-pigmento, as cores primárias são: vermelho, amarelo e azul, e a mistura dessas cores em igual quantidade resulta na cor preta.O nome técnico dados a estas cores é CMYK (cian, magenta, yellow e black).
A cor tem três dimensões que podem ser definidas e medidas.


Matiz ou croma é a cor em si.
Saturação é a pureza relativa de uma cor, do matiz ao cinza.
Acromático é o brilho relativo, do claro ao escuro.

Textura


A textura é o elemento visual que com freqüência serve de substituto para as qualidades de outro sentido, o tato. Podemos apreciar e reconhecer a textura tanto por meio do tato, quanto da visão, ou ainda pela combinação de ambos.

Escala








Todos os elementos visuais são capazes de se modificar e se definir uns aos outros. O processo constitui o que chamamos de escala. A cor é brilhante ou apagada, dependendo da justaposição; assim como os valores tonais relativos passam por enormes modificações visuais, dependendo do tom que lhes esteja ao lado ou atrás. Resumindo, o grande não pode existir sem o pequeno e vice e versa.
A escala é muito usada para representar uma medida proporcional real.
Para a comunicação visual é importante que a proporção seja muito bem utilizada.

Dimensão
A dimensão existe no mundo real. Não só podemos senti-la, mas também vê-la. Mas em nenhuma das representações bidimensionais da realidade, como o desenho, a pintura, a fotografia, o cinema e a televisão, existe um dimensional real, ela é apenas implícita. A ilusão pode ser reforçada de muitas maneiras, mas o principal artifício para simulá-la é a perspectiva. Os efeitos produzidos pela perspectiva podem ser intensificados pela manipulação tonal, por meio do claro-escuro, a luz e sombra.
A perspectiva tem fórmulas exatas, com regras múltiplas e complexas. Recorre à linha para criar efeitos, mas sua intenção final é produzir uma sensação de realidade.

Movimento

Como no caso da dimensão, o elemento visual do movimento se encontra mais freqüentemente implícito do que explícito no modo visual. Contudo, o movimento talvez seja uma das forças visuais mais dominantes.
As técnicas, porém, podem enganar o olho; a ilusão de textura ou dimensão parece real devido ao uso de uma intensa manifestação de detalhes, como acontece com a textura, e ao uso da perspectiva, da luz e sombra intensificadas, como no caso da dimensão.
Porém, o movimento existe somente no olho do espectador, por meio do fenômeno fisiológico da “persistência da visão.”
Algumas das “propriedades da visão” podem constituir a razão incorreta do uso da palavra movimento para descrever tensões e ritmos compositivos nos dados visuais quando, na verdade, o que está sendo visto é fixo e imóvel.
Com as misturas de elementos podemos criar ilusoriamente a sensação do movimento.